quarta-feira, 21 de julho de 2010

oceano.

21-o7-2o1o

Eles não se olham mais. Convivem, fazem sexo, se beijam, mas não se olham. Às vezes até se amam, ou sempre. Mas não se apaixonam. Nas vezes que se olham é com aquele olhar de desprezo, saudade, desmazelo ou até vergonha. Dormem na mesma cama, acordam de lados opostos, saem de lados opostos da cama. Passam as tardes juntos, e a primeira oportunidade que tem de estarem longe, estão. Se fingem de outras pessoas, talvez para não sentir que o fim está ali, do lado para que possam ver, mas longe suficiente para que não possam alcançar.
E ela ainda se pergunta "Com tantos peixes no oceano, por quê escolher você?". Ela ainda sente falta. Aquela falta.

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