segunda-feira, 20 de agosto de 2018

anos pares


Os anos pares são os mais difíceis. 

Com certeza algo da astrologia conseguiria explicar o motivo. Mas se quero saber? Acho que não. Prefiro que chegue logo dia 31 de dezembro.

Você veio me assombrar novamente. Meu Deus! Isso nunca terá um fim? Nos conhecemos em um ano ímpar, há mil anos atrás. Quase metade da minha vida atrás.

Mas dessa vez foi diferente. Me peguei interpretando esse sonho por algumas vezes, antes de colocar em um papel. 

Viajávamos por estradas diferentes. Completamente distintas. Parei em um posto meio abandonado, estava em iminente perigo. Escutei a sua voz. Te chamei. Você me salvou.

Conversamos por algumas horas. Me senti tão bem, tão confortável. Me senti em casa. Nos despedimos. Seguimos nossos rumos. Acordei.


O cheiro do café

2o-o8-2o18



O cheiro que sobe do café expresso é exatamente o que me traz todas aquelas memórias.
Dias que me senti extremamente feliz.

Os dias cinzas, que de cinza tinham somente a cor no céu. As árvores desfolhadas, mas que traziam um conforto que jamais encontrei em nossa diversidade brasileira.

Dias como esses atuais me fazem ter certeza a qual lugar pertenço. Viver acompanhada, mas se sentindo sozinha ainda é um problema.

Todos os caminhos me levam para longe. Há quanto não dizia como me sentia? A folha em branco continua sendo a melhor companhia e amiga.

Vivemos fornecendo sorrisos falsos, uma rotina desgastante, um ciclo sem fim. Faz falta.

Faz falta uma conversa, uma companhia. O sonho vem e ainda esfrega umas verdades em nossa cara.

Já não sei mais.