segunda-feira, 5 de março de 2012

Até quando...

E de repente ela abriu os olhos. Primeiro o teto, havia um lustre que ela era acostumada a ver no seu quarto, mas agora ele estava em outro teto. Olhou pra parede, tinha uma imagem de Londres montada em um quebra-cabeças já com moldura e tudo. Olhou para o chão ao seu lado esquerdo, algumas roupas jogadas ali, e assim que olhou para sua direita enxergou uma janela azul, daquelas de madeira, bem antiga, e lá de fora uma paisagem verde, com um céu mais azul que nunca e uma vontade de nunca mais sair daqueles lençóis.
Ela demorou cerca de três minutos para situar sobre o que havia acontecido ali. A história estava mais séria do que ela tinha intenção. De brincadeira, passou a algo muito sério. E ele voltou pro seu lado.
E tudo que ela menos queria, ele fez. Ela ainda estava sob o êxtase e adrenalina. Ele começou a beijar seu rosto, beijar sua boca, fazer carinho em seus cabelos. E só o que ele sabia era elogiá-la, chamá-la de linda, anjo e dizer o quanto gostava dela.
Enquanto isso ela rezava para que ou aquele momento nunca mais passasse, ou que ela não se apaixonasse. Então o pior aconteceu.
Parecia um raio caindo sobre seu corpo, ela sentiu uma eletricidade percorrer todo seu corpo, suas bochechas corarem e teve vontade de parar todos os relógios do mundo. Já era tarde. Tanto no relógio quanto no seu coração.
Ele não podia ser seu. Nunca seria. E ela já era todinha dele. Pra todo o sempre.

(...)

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