quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Boomerang

já se vão dois meses sem notícias suas. Não sei se casou, se vai se mudar, se vai ficar, se já tem outra pessoa ocupando um lugar que nunca foi meu, se ainda pensa em mim. Todos os dias abro meu e-mail. No começo a esperança era que tivesse um e-mail seu dentre os e-mails de spam, propagandas, comissão de formatura, provas finais, processos... e parei de ter esperança. Até cogitei a hipótese que você nunca tivesse recebido O e-mail. Mas sei que recebeu.

Sua resposta foi a mais clara possível. Ignorar. Sempre. Não sabe o que falar e não tem uma resposta positiva, ignore, é mais saudável... Eu juro que tentei fingir que pra você aquilo tudo não importou.

Meu pensamento saiu de você, voltou-se para os amigos, para a monografia, depois para uma festa, depois para um paquerinha, depois foi para as provas, depois foi para professor, depois para formatura, e agora quando eu achei que fosse para uma prova do ano que vem, voltou pra você, como um boomerang.

Tudo bem, tudo bem. Entendo que sua aparição deve-se a uma provocação de minha parte. Mas você não veio falar comigo depois do e-mail, não mandou um parabéns da formatura. E agora só porque recebeu o convite em mãos a mais de quinhentos quilômetros, você se sente no direito de vir e agradecer, bem como me perguntar sobre a festa, meio que dizendo que comparecerá.

Minha maior vontade nesse instante, além da cura da minha vó, é que você decidisse o que quer da vida. Se quer ficar longe, ou ficar perto. Se quer conversar, ou se prefere ignorar. Cansei desse ser meio-termo que você se tornou. Cansei desse ser meio-termo que me tornei. Ou eu vou te amar, ou vou te odiar. Só preciso saber o que você quer.

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