sábado, 17 de dezembro de 2011
Cartas além do muro
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Boomerang
domingo, 16 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
encontro marcado
E assim foi. Mais um encontro marcado, com início, meio e fim. O final sempre é a pior parte, você me trazendo pra dormir na minha cama. Não gosto disso. Eu queria que um dia isso acabasse, e eu dormisse na sua cama, ou você na minha. Eu gostaria muito de ter seu sorriso ao acordar, assim como tive quando acordei no meio da noite e vi você ali dormindo. Seu cheiro é inigualável, eu posso ficar cinco dias sem dormir só pra ver você dormir.
Sabe, pensei que quando eu te visse, eu veria que era só imaginação minha e na verdade nem gosto tanto de você. Imaginação minha era crer que isso pudesse ter acontecido. Tem horas que estou do seu lado e fico sem graça, com medo de você ouvir as batidas do meu coração sem ao menos encostar o ouvido no meu peito.
Também pensei em te esquecer. Pode ser que eu tenha só migalhas desse nosso amor, mas de migalhas suas viverei então. Não sei até quando isso vai durar e se algum dia vai aparecer outra pessoa, na sua ou na minha vida. Só rezo todos os dias pra que esse dia nunca chegue.
Por você eu mudaria até de nacionalidade, não sei como eu faria isso, mas eu faria. Por você eu andaria mais de quinhentos quilômetros para ter meras seis horas do seu lado. Por você eu me mudaria pro outro lado do oceano.
Já te disse, eu te amo. Não sei porque insisto em voltar pra você, mesmo você sendo tão excêntrico.
Mas eu decidi. Decidi que não ocuparei mais seu espaço com pessoas passageiras na minha vida. Enquanto eu for de corpo e alma sua, não darei partes a outras pessoas. Sou fiel a você. Cansei de me perder em outros corpos, e voltar pra casa desejando estar apenas com você. Então que eu volte pra casa somente desejando você, sem correr o risco de me magoar e magoar os outros.
Agora o que só consigo fazer é olhar nossa foto. Seu sorriso sincero. Sabe, eu nunca tinha visto uma foto sua sorrindo tão sincero, pode ser engano meu, mas às vezes pode ser que sim.
No mais, basta contar uma mentira várias vezes, que ela se torna verdade. Então você me ama, e quer ficar comigo, só comigo.
Pronto, dá pra ela se tornar verdade agora?
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Talvez se você me aceitar
- tenho mil coisas pra te contar sobre os lugares que fui.
- eu sei. tenho mil coisas pra te dizer, sobre os sentimentos dentro de mim.
- pode ser depois?
- não, meu sentimento é pra agora. seus lugares continuarão lá para irmos juntos.
- juntos? como assim?
- é. essa foi a forma mais fácil de te dizer sobre tudo. eu amo você e quero ficar com você, é simples assim.
- since when?
- not now. já tem muito tempo que venho sentindo essas coisas. talvez uns seis anos?
- isso é sério?
- mais que sério!!
- bom, não é bem assim que as coisas são, nós não daríamos certo...
- isso é o que você realmente pensa?
- não... a gente se dá super bem, eu gosto demais de você, mas...
- mas o quê?
- você sabe, ano que vem as coisas mudarão.
- eu me mudo também.
- não é bem assim!!!
- eu te amo.
- eu também te amo.
- então fica comigo!
- eu estou com você!
- só comigo. vamos tentar?
- você chega depois de seis anos e me faz esse pedido?
- só agora tive a oportunidade de fazê-lo. algumas vezes você me deu oportunidade de ficar com você, mas não tínhamos maturidade suficiente. somos diferentes agora.
- justamente...
- espera, deixa eu falar. eu te amo, quero ficar com você. sonho com você todos os dias, penso em você o dia inteiro. não durmo, não como, não trabalho, não estudo. penso em você. não vivo, não divirto, procurei você em outras pessoas e não achei. reconheço que sempre quis você, e neguei isso pra mim várias vezes, só pelo fato de que se você contar uma mentira várias vezes ela se torna realidade, mas isso não aconteceu. o sentimento continua aqui, e só cresce. eu preciso distribuir isso, preciso dividir isso com alguém, eu tentei com várias pessoas, mas não funcionou.
- porque então você passou tanto tempo perdendo tempo com outras pessoas?
- porque você não estava lá!
- e agora estou?
- foda-se se agora você não está. eu estarei onde você estiver, não importa o que custe e o quanto custe.
- eu acho que...
- não acabei. eu sabia que no dia que eu conseguisse te dizer tudo seria uma bíblia, agora você espera. eu te amo desde aquele dia que começamos a conversar. eu te amei muito naquela madrugada em que você disse que estava parado na estrada escutando nossa música e pensando no que deveria fazer, e o que eu achava. aquele dia eu ponderei bastante sobre o que deveria ser feito, quisera eu voltar no tempo e consertar. eu tive medo, muito medo de sofrer com você. hoje não me importa, eu não ligo pra esse medo, eu não ligo pra nada disso, não ligo pro que vão dizer, não ligo se vou ter ciúmes ou não, meu amor é maior que tudo isso, não sei quando eu esqueci de te esquecer, mas algum momento isso aconteceu, e eu perdi esse precioso momento. já que não posso voltar no tempo e dizer sim pra você e muito menos voltar no tempo e aceitar nosso não, eu decidi que vou lutar por você, de verdade pela primeira vez. eu vim até aqui, viajei quilômetros, estou contra tudo e todos, mas acho que quando a gente gosta de verdade pelo menos uma vez temos que tentar, não sabia se daria conta de te dizer tudo isso, mas vejo que sou muito mais forte do que penso, portanto se for um não, não me importo, eu vim, dei a cara a bater. amo você, amo mesmo. é mais que amizade, é amor. é mais que sexo, é amor. é mais que bem querer, é muito amor. não quero mais deixar outra oportunidade passar, não quero mais deixar as coisas acabarem bem na frente dos meus olhos e não fazer nada, não quero ser uma mosca morta. sabe o que eu quero? estar com você, tanto faz aonde isso vai me levar. se isso me levar longe daqui, tudo bem desde que eu esteja perto de você. se eu ouvir um sonoro não, eu ficarei muito abatida, como há muito tempo não me permito ficar. mas se ouvir um sim, eu quero fazer de tudo pra que você continue nos meus planos de ser o pai dos meus filhos, e tudo para meus planos concretizarem, desde um apartamento bem apertadinho com uma sala e uma cama de casal (pode ser de solteiro também, desde que você use aquele edredon de flores de sempre) onde a gente se aperta e se ama todas as noites até uma casa enorme, cheia de crianças e cachorros, onde a gente continuará se amando todos os dias e todas as noites, até nos dias mais vazios, quando você se sentará em uma sala pra trabalhar e eu em outra, mas só de saber que você estará ali, logo na sala do lado, ou que você estará ali, logo do outro lado do oceano, mas pensando em mim, é suficiente. basicamente é isso, eu amo você, quero ficar com você, e você?
- ...
domingo, 18 de setembro de 2011
Hoje parecia que eu nunca mais te veria.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
E esse um dia se transformou em uma semana. Eu perdi noites de sono por nossa amizade, que desde aquele dia já era amor. Só faltava assim ser chamado. Eu ri muito com você, da mesma forma que você me ajudou bastante. Mais um pouco você me chamaria de 'espelho'. Nem espelho você usava mais. Ou era uma foto ou era uma webcam e dizer se você estava bem pra sair ou não. Sempre estava...
Um dia senti uma coisa diferente, você se vestiu para ir à uma festa brega. De brega ali só tinha meu sentimento. Você estava tão lindo, tinha cortado o cabelo, e colocou língua na foto pra mim. Suas marcas registradas... não as esqueço.
Logo você apareceu por aqui e foi "se apresentar" pessoalmente. Era uma aula à tarde, daquelas beeem chatas. Meu celular tocou e você estava lá dizendo 'maninha, to aqui. quero te ver...'. Eu acho que nunca perdi o ar tão depressa, saí voando da sala e fui te encontrar. Um misto de sensações, mas não foi ali que percebi o que acontecia. No máximo eu tentava esconder isso, até hoje me lembro que minha amiga afirmou que a gente teria algo e eu falei que nunca.
Nunca diga nunca.
E se passaram dias, meses. Conversas pelo telefone e pela internet, noites e dias. Dias e noites.
Você veio novamente. E decidiu me visitar na minha casa. Sexta-feira, 18h. Sabia que levei uma bronca por sua causa? "Tá raiando...". Te ver ali tão perto de mim, um amigo que eu nunca tive, foi tão bom, tão confortável.
No dia que você apareceu na minha vida eu não tinha ninguém, meu coração não era de ninguém. Com certeza você teve culpa e intenção de tê-lo.
Foi ruim te ver indo embora. E foi bom te ter perto. Vieram dias bons, que não tinham nada pra serem bons. Férias estudando. Você me ensinando com toda paciência do mundo. Mentindo só pra estar ao meu lado. Ali tudo já era muito diferente.
E aconteceu. Depois de uma tarde conversando sobre os mais diversos assuntos, eu fui te levar até a porta. E bem ali, antes de abri-la você disse que não aguentava mais e me beijou. Eu relutei, muito. Aquilo me doeu, meus olhos encheram de lágrima e eu sofri. Você não me pertencia, você pertencia a outra pessoa! Foi uma confusão enorme na minha cabeça, você não imagina o quanto. Decidi que isso não iria mais acontecer...
Até que o3:ooh recebo uma mensagem dizendo que precisava me ver no outro dia, que não conseguia tirar aquilo da cabeça e tínhamos que conversar. Confesso que não dormi. Fui logo cedo me despedir de você, e aconteceu de novo. Ali eu percebi tudo que estava acontecendo. Eu já te amava antes de saber que era amor.
E nesse conflito a gente viveu. Nos víamos praticamente todos os dias, nos falávamos todos os dias e todas as madrugadas. Eram cinco, seis horas de conversa por telefone direto. Você me via dormindo pela webcam, e me acordava pra ir à escola. Eu te amava tanto. Amor mais puro e sincero que senti.
De repente tudo ficou muito mais confuso do que deveria ser. Percebemos que se continuasse com aquilo nos machucaríamos e machucaríamos outras pessoas. Decidimos continuar enquanto estivesse tudo bem. Não pensava que você sentia nada por mim. Até no dia que você me pediu pra ser exclusivamente sua. Eu fui. Eu sempre fui sincera e fiel a você. Sempre.
E você percebeu que tinha que tomar sua decisão. E jogou essa decisão nas minhas mãos. Não sei se me arrependo, mas decidi não carregar aquele peso na minha vida. Abdiquei de você, por você. Foram dois meses no céu e um ano e três meses no inferno.
Tentei te esquecer. N vezes. Fui para festas, viajei, fiquei longe de você, beijei outras pessoas, e nada. Eu bebia, ligava pra você. Eu te via, ligava pra você. Eu a via, ligava pra você. E usava nossa amizade de desculpa. Não que eu não sentisse falta da amizade também, mas de você sempre foi mais.
Encontrei outra pessoa que me distraiu enquanto você se mantinha distante. Te procurei nele, ele tinha muitas coisas a ver com você, e eu sempre descontei as coisas que aprendi com você no meu relacionamento com ele. Muitas.
Ouvi várias vezes da boca dele que era de você que eu gostava. Eu contestei. Eu gostava dele, ele era um cara legal comigo. Mas eu lá no fundo sabia que eu amava uma única pessoa, você.
Você ressurgiu na minha vida, e eu nunca te neguei nela. Às vezes por isso mesmo que você não gosta muito de ficar dentro dela. Eu não consigo negar, eu sempre quero te aproveitar ao máximo.
Cheguei ao ponto de terminar tudo por você, mas não poderia jogar tudo pro alto sem ter certeza se era recíproco. Assim me mantive. Chegou ao ponto de você me pedir isso, e eu tive medo, muito medo. Decidi me afastar.
Mais uma vez me afastei e mais uma vez a saudade veio. Com você sempre foi diferente, de todos os outros. Como diz você, com você é especial, você é especial.
(...)to be continued.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
:)
domingo, 28 de agosto de 2011
Decidido.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Periférico
Pareço um sapo cego dando uma linguada no ar, não vejo o inseto, mas sei que ele está lá. Molho o ar na espera de lamber sua coxa, a pele com menos pêlos atrás do seu joelho. Lamber sua virilha, sentir seu cheiro, brincar com seu umbigo perfeito e boquiaberto por causa da barriguinha. Quem sabe descobrir alguma sujeirinha ali no umbigo, um resto de algodão, um resto de salgadinho vagabundo, um resto de prazer. Eu te amava depois do banho, eu te amava indo trabalhar sujo de mim, eu te amava humano e eu te amava, sobretudo, alienígena e com sono de sentir a vida.
Sinto saudades de respirar o mais profundo possível, como já escrevi antes, perto de sua nuca. E descobrir novidades sem nome e sem solução. Sinto saudades de me perder tentando entender de que tanto você sorria, de que tanto você brilhava, de que tanto você se perdia e se escondia.
Peço licença ao meu ódio tão feio e tão infinito para te amar só mais uma vez. Quero te amar sozinha aqui, na minha casa nova, em minha quase nova vida. Quero esquecer todo o nada que você representa e dar contorno aos desenhos que não saem da minha cabeça. Nunca entendi seu coração, nunca entendi seus olhos, nunca entendi suas pernas, mas só por hoje queria poder lamber sua fumaça para que ela permanecesse mais, pesasse mais.
É libertador esquecer meu desejo de vingança, a vontade que tenho de explodir sua vida, o vício que tenho de passar mil vezes por dia, em pensamento, ao seu lado. E pisar em cima da sua inexistência e liberdade. Chega disso, só pelo tempo em que durarem estas letras e a música que coloco para reviver você, vou te amar mais esta vez. Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.
Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como podia ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo. Ainda assim, há meses, há séculos que se arrastam deixando tudo adulto demais, morto demais, simples demais, exato e triste demais, eu sinto sua falta com se tivesse perdido meu braço direito.
Esse amor periférico, ainda que não me deixe descoberto o peito, me descobre os buracos. Não são de suas palavras que sinto falta. Não é da sua voz meio burralda e do seu bocejo alto demais para me calar e me implorar menos sentimentos. Não é, tampouco, do seu abraço. Sua presença sempre deixou lacunas e friagens que zumbiam macabramente entre tantas frestas sem encaixe.
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu.
Sinto falta mesmo, para maior desespero e inconformismo do meu coração metido a profundo, de lamber suas coxas, a pele mais lisa atrás dos joelhos. Lamber sua virilha, sentir seu cheiro, brincar com seu umbigo, respirar sua nuca, engolir sua simplicidade, me rasgar com sua banalidade, calar sua estupidez, respirar seu ronco, tocar sua inexistência, espirrar com sua fumaça.
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, uma pessoa sem poesia, sem dor, sem assunto para agüentar o silêncio, sem alma para agüentar apenas a nossa presença, sem tempo para que o tempo parasse. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza.
Sinto falta da raiva, disfarçada em desprezo, que você tinha em nunca me fazer feliz, sinto falta da certeza de que tudo estava errado, mas do corpo sem forças para fugir, sinto falta do cheiro de morte que carregávamos enquanto ainda era possível velar seu corpo ao meu lado, sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, de não dar conta, de não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
CFA.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
- você não precisa de mim. está numa festa que tem mil pessoas, e pra chamar a atenção de qualquer uma delas é simples, ou vai lá e conversa, ou tira a roupa e sai andando.
- palhaço. eu trocaria essas mil pessoas pela sua companhia.
- eu sei.
- convencido.
- você sempre me arranjando milhões de adjetivos.
- você sempre me trazendo problemas.
- eu já disse que pago pra você viajar comigo.
- eu não gosto de lá.
- você gosta da minha companhia.
- mas eu não vou lá.
- e londres?
- eu vou.
- eu vou com você.
- várias pessoas querem ir comigo.
- problema delas. eu vou. eu e você vamos.
- então arruma rápido.
- eu sei.
- eu queria você comigo.
- não queria. você tá é bêbada e drogada.
- também. mas mesmo assim eu queria você comigo.
- por quê você nunca me liga quando você não está sob efeito de drogas e alucinógenos?
- porque eu cansei de correr atrás de você. só eu ligo, só eu vou atrás.
- mas é porquê você sente falta do sexo.
- também. bastante. mas sinto falta de você. do que fomos um dia.
- somos ainda.
- me mostre aonde está.
- você sabe. a gente não se desliga. corre pra lá, corre pra cá, arranja trinta novas pessoas ao ano e mesmo assim não nos desapegamos.
- você é um desapegado e vive trazendo problema à minha vida.
- na minha vida você é o problema.
- prazer, meu nome é problema.
- ha ha. piada antiga. coisa de talvez uns cinco anos pra trás.
- eu sei. mas você adora quando eu a faço.
- assim como eu adoro quando você usa aquelas calcinhas de criança.
- ha ha. eu cresci, esqueceu?
- eu sei. sinto falta dos seus dezesseis...
- eu também. sinto falta do que éramos.
- já disse. somos, não fomos.
- então por quê a gente não fica junto de vez?
- porque nenhum dos dois vale nada.
- por você eu valeria.
- eu duvido.
- eu não.
- preciso desligar, chegou o pedido no meu quarto...
- o de 250 reais? passo.
- é. ou você vai pagar esse valor?
- você pode até pagar pra ter sexo, mas o amor que eu dou a você, é só comigo.
- ela chupa bem.
- e eu escuto seu ronco, fazendo carinho no seu cabelo.
- eu não ronco.
- vai lá, senão eu terei que pagar 250 reais por uma coisa que faço muito melhor.
- ok. não te atenderei mais tarde.
- ok. tchau.
tu tu tu
- eu te amo.
sábado, 13 de agosto de 2011
numa aula qualquer...
Depois que todos acharam que eu estava sob efeito de fortes drogas misturadas com reiteradas vezes que assisti ao nosso seriado predileto, eu decidi de calar.
Decidi esconder tudo que eu sentia e toda a nossa história de todos. Talvez seria uma forma de fazer você desaparecer da minha vida. Mas tudo que aconteceu é que não consegui mais esconder você e passei a viver um conflito interno enorme.
Comecei a ficar realmente maluca ao ponto de ter que utilizar medicamentos para ver se parava de ter delírios com você.
Então decidi que você não cabia mais na minha vida, que veio infinitas vezes à ela trazendo promessas que me faziam desejar acordar todos os dias e sorrir a cada instante que de você me lembrava.
E da mesma forma ia embora deixando a porta aberta para conseguir voltar e satisfazer seu ego.
Hoje sei que não posso mais lutar contra isso que eu sinto, e sei que tenho que aprender a conviver sem sua presença.
Sem mais ligações, sem mais e-mails, sem conversas onlines ou até 'ois' perdidos em algum bar durante a noite. Não quero mais desejar ter seu amor pra mim. E não quero mais oferecer um amor tão grande a alguém tão ingrato.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Quis demais que você fosse embora, quis demais que você ficasse pra sempre, quis não pensar, me agarrei numa lógica fria que berrou no meu ouvido que toda ação tem sua reação.
Toda traidora tem seu dia de enganada. Toda vontade negada tem seu dia de câncer. Todo silêncio tem seu dia de grito desesperado.
Tive medo de ser só desejo, porque para mim sempre foi mais. Prefiro ser perseguida pelo meu desejo, que não tem dia para acabar, do que ser abandonada mais uma vez pelo seu, que dura no máximo três horas"
sexta-feira, 1 de julho de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Canção para lembrar você
Há vários tipos de amor nessa vida. Começando quando pequenos. Amor aos pais, aos brinquedos, aos irmãos, à mamadeira, aos avós, aos tios e primos. E aos primeiros passos da vida começamos a perder nossos amores.
A separação nunca foi fácil, ao ter que largar a mamadeira, chupeta e até aquela fraldinha que usamos para dormir, sofremos bastante, choramos como se nunca mais teremos algo igual, perdemos noites de sono e às vezes até largamos de comer.
Nessa fase da vida percebemos que vêm novos amores que nos fazem esquecer estes "amores perdidos". São amores que se não largamos, perdemos fases de crescimento na vida.
Então chega o momento de ir à escolinha, conhecemos novos amigos, nossos professores e até mesmo os primeiros namoradinhos. E temos nossas primeiras decepções amorosas. "Ele gosta mais dela do que de mim."
Alguns desses primeiros amores duram por toda a vida, alguns perdemos com o passar do tempo. Aquela amiga que julgamos ser para sempre tem que se mudar, e assim se perde. Às vezes perdemos alguns dos nossos primeiros amores antes da hora, talvez os avós, às vezes os pais, e temos que lidar com essa perda.
De repente você se vê na adolescência, o que se tratava de amor à família, vira ódio à família. Bem que disseram que o amor é bem próximo ao ódio. Você passa a idolatrar e exaltar seus amigos e odiar seus pais... Afinal eles te proíbem de tudo.
Com o advento da faculdade, se perde alguns amigos pelo caminho e se ganha muitos. Assim como se ganham novos amores e se vão os antigos.
E o primeiro, verdadeiro e único amor chega, finalmente. Quantas pessoas você teve que beijar, conhecer, para só então sentir isso? E agora você sente. Cada segundo da sua vida você pensa numa pessoa, cada situação que você passa pensa somente nele e cada noite de sono, sonha somente com ele.
E por um acaso do destino vocês tem que se separar. É, até hoje ninguém sabe o porquê.
Então começa a busca por outros pequenos amores para substituírem o grande amor da sua vida. Afinal você aprendeu isto na sua vida, somente outro amor para curar a decepção de um grande amor.
Tem várias decepções nesta busca, algumas pequenas, outras grandes. Sofre tudo que já sofreu e pensa ser incapaz de sentir novamente qualquer coisa igual. Quem dirá maior?
Quando você se encontra. Você é capaz de sentir o amor maior, único e verdadeiro quantas vezes quiser na sua vida. Por todos os fins e perdas de amores você sofrerá. Algumas vezes mais, outras nem tanto.
Cabe somente escolher por quem vale a pena sofrer. É aí que você percebe que quem disse isso estava certo.
E você finalmente faz sua escolha.
Aquela escolha, antiga e mais bonita escolha feita na vida. Amar você.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Procura-se um amor que goste de cachorros..
Closer, Gossip Girl e pretende morar na Inglaterra.
Err, bem, acho que não é mais procura-se. Creio que agora é achei um amor que goste de cachorros, assiste Closer comigo sem fazer qualquer careta achando que estou o traindo, assista Gossip Girl e age feito o Chuck Bass, e ainda pretende morar comigo na Inglaterra.
Simplesmente procura-se por vários amores ou meio-amores que me distraiam por todo o tempo que tenho que esperar para estarmos juntos. Se eles conseguirem...
sábado, 7 de maio de 2011
dreams be dreams...
but they really can be true.
No sonho a gente ia na casa da sua ex levar o nosso convite de casamento. E vocês começavam a conversar e rir sobre o passado de vocês, quando não menos de repente, ela tocou no assunto sobre eu e você, sobre desde quando a gente tava junto.
Confessamos; há mais de seis anos.
Ela falou que sempre soube, que sempre viu o jeito que você falava de mim pra ela, e que já esperava esse momento que veria nós dois juntos, com todos sabendo.
Sabe, desde aquele dia eu estou contando os dias para esse ano acabar e passar depressa. Às vezes tenho muito medo, muito mesmo. Mas só de pensar que provavelmente estaremos juntos pra sempre, eu abro um sorriso que pode abraçar o mundo.
sábado, 30 de abril de 2011
o amor tem pressa?
A nossa liberdade é o que nos prende." (sublinho, grifo, enalteço).
E aí vem todas aquelas dúvidas que vieram à minha mente anos-luz atrás. Peço para você largar tudo e estar só comigo, ou eu simplesmente abdico de você mais uma vez e deixo você encontrar alguém pra te divertir por um tempo (ou quiçá para sempre)?
Sinceramente, não sei mais o que faço. Ao mesmo tempo que a razão diz que devo esperar nosso tempo, que daqui um ano estaremos juntos, conforme o planejado, meu coração diz que não aguenta mais guardar tanto amor reprimido, que já aguardei seis anos por isso e é hora de viver isso.
Por fim, o amor tem pressa ou sabe aguardar?
quinta-feira, 28 de abril de 2011
doce infância.
Depois que crescemos, tudo que queremos é ter alguém pra amar, namorar, casar, receber carinho, amor, paixão, sexo. São coisas boas, mas que nos deixam tristes.
No fim, trocaríamos todo esse amor por catapora, óculos, aparelho nos dentes e gesso no braço, desde que tivéssemos um coração inteiro.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
closer.
E mais uma vez você veio. Depois de quase seis anos nos encontramos livres, com nossos caminhos totalmente livres, e ali eu descobri em qual rua a minha vida encontraria com a sua.
Foi mágico. Seu olhar me demonstrou todo o sentimento que você insistiu em me contar. Isso eu gostei bastante. Fomos sinceros, finalmente, um com o outro. Falamos de sentimentos e de tudo que deixamos de viver e o que ainda podemos viver. Falamos de como não daríamos certo, agora.
Eu vi seu olhar e seu sorriso sincero. Seu beijo sincero e até sua respiração ao dormir, sincera. Eu amo você. Eu amo deitar no seu peito e dormir. Eu amo conversar com você. Eu amo estar com você. Eu amo você. Eu amo ver você dormir. Eu amo sua voz. Eu amo seu jeito. Eu amo seu carinho. Eu amo seu nome. Eu amo seu cheiro. Eu amo você.
Amo o fato de saber que nós terminamos somente uma vez. Uma única vez nesses seis anos. Amo o fato de você continuar sendo o melhor cara que passou pela minha vida. E amo você.
Não canso de falar que amo você, por mais que seja em pensamento e em atitudes. Não canso.
"Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro." (Rubem Alves)